
Do extrato fez-se o trigo
Que do pão nasceu o vinho e depois, pela madrugada, fez-se a noite
Encantada de dia e arco-íris, numa mistura profunda de ilusões
Marco meu caminhar pelas andanças que a vida me traz
De repente, num súbito grito, os cavalos passeiam na confiança do chão
Que não se abre
Não se parte
É firme, honrado, irmão.
Sem compreensões, sem lacunas ou interrogações
Largo o dedo, escrevo, saio do chão
E encontro a base na mão.
Na saia da asa, no rabo da raia
Sem veneno, mas com sacrifício.
Com amor, com sexo e sem dor.
Marco, esfrio, esqueço, aqueço. Enlevo, alado...
Último retrato dos pastos distantes.
Agora, olho a janela, cimento e vidro fumê.
Nublado e TV.
Chega, desapareço, dói o meu ombro:
Termino:
Não é para entender como desatino, mas sim não esquecer o quanto a escrita faz renascer.