terça-feira, 30 de março de 2010

DIVAGAÇÃO À TARDE



Do extrato fez-se o trigo
Que do pão nasceu o vinho e depois, pela madrugada, fez-se a noite
Encantada de dia e arco-íris, numa mistura profunda de ilusões

Marco meu caminhar pelas andanças que a vida me traz

De repente, num súbito grito, os cavalos passeiam na confiança do chão
Que não se abre
Não se parte
É firme, honrado, irmão.


Sem compreensões, sem lacunas ou interrogações
Largo o dedo, escrevo, saio do chão
E encontro a base na mão.
Na saia da asa, no rabo da raia
Sem veneno, mas com sacrifício.

Com amor, com sexo e sem dor.
Marco, esfrio, esqueço, aqueço. Enlevo, alado...
Último retrato dos pastos distantes.
Agora, olho a janela, cimento e vidro fumê.
Nublado e TV.
Chega, desapareço, dói o meu ombro:
Termino:
Não é para entender como desatino, mas sim não esquecer o quanto a escrita faz renascer.

sexta-feira, 5 de março de 2010

MANCHA





Mancha,
Mancha que eu te quero em vida
Marca teu sorriso em mim
Na pele, no olhar
Mancha
A vida de sonhos
Que possamos concretizar
Com as nossas mãos unidas
Mancha que o tempo é fugaz,
Corre com a magia das estrelas
Com a força das marés
Com a certeza da terra
E com o brilho do Ar.
Mancha, de uma vez só,
Com a tinta do amor
Os nossos corações,
Manche-os!