sexta-feira, 16 de julho de 2010

VOZES DO ESPINHO


Preciso de quartos vazios,
Terrenos sem matagal alto,
Seres sem voz;
Preciso do só, do último vento
Para assim chorar meu lamento
Na paz da noite que traz chuva
Preciso das últimas vozes do espinho
Para curar meu desassossego,
Emancipar a dor do mundo de dentro de mim
E, talvez, sanar remorsos e injustiças...
O mundo gira ao contrário:
Em mim é dia, porém por trás da persiana, tempestade...
Ainda assim, eu prossigo em busca do sol.

2 comentários:

Pedro disse...

Lindo texto Pedro, sua sensibilidade tá cada vez maior, e isso me impressiona cada vez mais em seus textos. Adorei o final, muito bom mesmo, bela escolha nas palavras.
Fique em paz irmão, abraços.

Marco Marin disse...

Lindo, parabéns!