
O palhaço arregassa toda a alegria
Deixa-se pronto para arrasar
Envolver com o seu brilho de pirata
A plateia que se honra em lhe aplaudir...
Brilho galante que ao mesmo tempo que fisga, assusta
Atemoriza à mulheres jovens,
À crianças frágeis
Que não entendem o movimento do palhaço
No meio fio da alegria e do desespero
Ele freme as mãos, suspira num sorriso e, pelos armários de si,
Salvaguarda um pesar de um Abril passado;
Quando chocolates não melaram a sua alma.
Vai deixando sua alegria se esvair, derramar pelas mãos
Essa recordação o paralisa; e agora ele jaz estático no camarim
O público o grita, mas não responde aos berros
Pois o amargor do doce não deliciado fincou ransos de melancolia no velho palhaço
O qual nem mais saía, nem mais subia os fios do circo,
as lonas centrais,
Nem mais tocava na rosa escarlate da bailarina
Rosa que ensaia ser o coração verdadeiro da moça
E o palhaço bem que merecia um novo coração, de preferência feito de pétalas
E ornado de trigos frescos
Mas o avivador de almas, o pregador de sorrisos derrama-se sobre o sofá
Tateia as cômodas do camarim à procura da garrafa de uísque
Entorna em si o líquido ainda quente enquanto dos olhos perfeitamente maquilados
Desce uma lágrima.
Deixa-se pronto para arrasar
Envolver com o seu brilho de pirata
A plateia que se honra em lhe aplaudir...
Brilho galante que ao mesmo tempo que fisga, assusta
Atemoriza à mulheres jovens,
À crianças frágeis
Que não entendem o movimento do palhaço
No meio fio da alegria e do desespero
Ele freme as mãos, suspira num sorriso e, pelos armários de si,
Salvaguarda um pesar de um Abril passado;
Quando chocolates não melaram a sua alma.
Vai deixando sua alegria se esvair, derramar pelas mãos
Essa recordação o paralisa; e agora ele jaz estático no camarim
O público o grita, mas não responde aos berros
Pois o amargor do doce não deliciado fincou ransos de melancolia no velho palhaço
O qual nem mais saía, nem mais subia os fios do circo,
as lonas centrais,
Nem mais tocava na rosa escarlate da bailarina
Rosa que ensaia ser o coração verdadeiro da moça
E o palhaço bem que merecia um novo coração, de preferência feito de pétalas
E ornado de trigos frescos
Mas o avivador de almas, o pregador de sorrisos derrama-se sobre o sofá
Tateia as cômodas do camarim à procura da garrafa de uísque
Entorna em si o líquido ainda quente enquanto dos olhos perfeitamente maquilados
Desce uma lágrima.